Por Thiago Soeiro
Imagine você está
passeando pela orla de Copacabana e encontrar uma estante de livros, bem ali ao
lado da estatua de Carlos Drummond, então você escolhe um titulo que agrade e
pode ler a vontade ali a beira do mar e até levar para casa se preferir. Não, isso
não é imaginação dos amantes de leitura, é realidade na capital carioca.
A ação que acontece
mensalmente faz parte do Projeto Livro
de Rua, idealizado pelo professor, Pedro Gereliminch há cinco anos, onde já
libertou 80 mil livros que estavam parados em estantes e queriam ser lidos.
O projeto tem como
objetivo torna a leitura e o livro mais acessível para as pessoas que não
tenham tanto contato com o livro, desde as crianças, que é onde se faz nascerem
os leitores. O projeto é realizado pelo Instituto Ciclos do Brasil, uma
organização em fins lucrativos e recebe o apoio da Prefeitura do Rio de
Janeiro.
De acordo com uma das
coordenadoras do projeto, Sol Mendoça, a iniciativa não é de troca ou doação
livros, mas a democratização da leitura. “O projeto consiste em você pega um
livro na libertação, lê e passar para outro leitor, pode ser uma pessoa da sua família,
ou até que você não conheça, pode ser também deixado em algum lugar, mas o mais
interessante é que seja passado de leitor para leitor. Quando você passa um
livro de leitor para leitor, você também passa sua experiência, incentiva a
outra pessoa a ler”, explica Sol.
Entre as ações do
projeto tem também a Biblioteca de Rua, que acontece além do Rio de Janeiro em
Belo Horizonte e São Paulo, o grupo realiza ainda ações de contação de história
e mediação de leitura, com formação de mediadores de leitura, principalmente
crianças.
“Para este ano estamos com um planejamento de varias
ações de libertação de livros e com o objetivo de alcançarmos o número de 100
mil livros libertos, e assim , incentivar e fazer um bairro, uma cidade, um
país, de leitores”, conclui a coordenadora.
Possível
parceria
Durante a ação de
libertação de livros no sábado,7, em Santa Tereza (RJ), o integrante do comitê
da Feira do Livro do Amapá –FLAP, Pedro Stkls, conversou com os coordenadores
do projeto sobre a possível parceria. “O interesse é trazer para a capital
amapaense também um projeto que incentive ainda mais a leitura, coisa que
fazemos durante todo o ano nas nossas ações, mas dessa vez com parceria vinda
de fora”, explica Pedro.